quarta-feira, agosto 31, 2005

Uma questão de prioridade...

Numa conferência da imprensa o presidente da câmara de Houston explica como a cidade vai abrigar os refugiados da furacão. Durante um mês, 20,000 pessoas viverão no estádio "astrodome". Isto porque o "superdome" onde se alojaavam está inundado com uns metros de água. Um repórter perguntou que efeito isto vai ter no começo da próxima época de futebol dado que vai estar gente ainda no estádio no dia marcado para o primeiro jogo. Mas que lata!

segunda-feira, agosto 29, 2005

Katrina

Mais um furacão arrasta a costa do sul. Esta vez está a varrer a cidade de "New Orleans". Com cadea hora que passa, mais 18.000 pessoas saem da cidade. Aqui na zona de Houston a lotação de quartos nos hoteis está esgotada. As bombas lá que existem para manter a água fora da cidade já não servem e em certas zonas, a inundação ameaça as lojas e as casas.

Em Portugal, está uma brasa e os incêndios arrastam o país. Estão, mais uma descontrolados e a perda de bens e de vida fica sempre à beira das chamas. Ainda por cima, a peninsula ibérica está a experiementar a maior seca dos últimos 60 anos.

Demasiada água ou falta dela faz mal. "Tudo em moderação" relembra-nos o ditado, mas como é que podemos controlar isto? Não podemos. Então façamos a única coisa que não se pode fazer em excesso.... orar.

terça-feira, agosto 16, 2005

Baptismo?

O som estrondoso ainda ecoa quando o tac-tac-tac no telhado de alumínio anuncia que a tal 50% possibilidade de chuva se tornara em 100%. O ritmo informa-me que já não é preciso tomar banho. Pois, o que se apanhava nos 50 metros até ao carro chegava para lavar uns quantos elefantes. Na saida encontro-me com o empregado de Coca-Cola acabado de fazer a sua entrega. Pelos vistos, o homem não ganhou a corrida até às portas, pois ocupa a sua própria piscina que por sinal cresce com cada momento que se passa. Lá fora no parque de estacionamento, vê-se o seu camião vermelho (todas as portas abertas) e uns metros para além, o meu carro. Seguro a porta para deixar sair o homem já encharcado (até, aposto, as cuecas). Este abana a cabeça... e diz "Vou esperar um bocadinho... que vai abrandar." Percorro a distância numa prova à sós. Apanho bastante água, mas estou bem uma vez no carro. A chuva continua a bater com um ritmo furioso no para-brisas. Mal consigo ver através do vidro até as portas que deixara há pouco mas o homem vestido de vermelho com o carrinho à mão ainda está ali à espera. Pergunto-me a mim: já que está completamente encharcado, por que razão é que não sai? Não pode ficar mais molhado do que está...

Já imaginei várias respostas, mas nenhuma me satisfaz. Então deixo a história assim.

segunda-feira, agosto 15, 2005

Até os mortos...

Em 1949 Egas Moniz foi premiado pela comissão de Nobel. Seis anos depois, o estimado doutor faleceu. Hoje está e ser levado ao tribunal. Uma certa Senhora cuja avó se sujeitou ao processo de lobotomia cerebral desenvolvido por Dr. Moniz quer retirar o tal prémio. Hoje em dia o processo não se considera viável e a senhora afirma que nunca conheceu ninguém que beneficiava do processo. Também eu não, mas também nunca conheci ninguém que beneficiava de processar os mortos. Há de ser uma precedente.

sábado, agosto 13, 2005

Estou que sim posso

Eu sei que não é assim a frase, mas já estou com a vontade de fazer alguma coisa. A cena de ficar à espera custa.

Bem eu sei que Deus pede-nos para estarmos quietos e escutar a Sua voz, mas custa.

Bem eu sei isto, mas não sei bem lidar com a realidade.

Também preciso de aprender paciência...

sexta-feira, agosto 12, 2005

Por vezes

não há horas suficientes no dia. Sempre pensava: "E se eu tivesse mas oito horas por dia mas das quais ninguém soubesse..." Cheguei a conclusão que provavelment dormia um pouco mais e desperdiçava o resto. Má mordomia meu, má mordomia.

quarta-feira, agosto 10, 2005

perigo iminent?

No quintal nas traseiras da casa em que nos instalámos há uma espécie de grelha à gás para fazer churrascos. O gás é fornecido através de um tubo para qual ainda náo consegui descobrir o fecho de emergência (claro que se pode fechar o gás a partir da própria grelha). Provávelmente isto não seria tão grave se o poste em que está tudo montado não estivesse roto (o cano do gás passa por dentro do mesmo). A coisa está prestes a cair.

Mas o que me chamou atenção hoje é um passarinho que está a examinar o engenho como se quisesse aninhar ali.

O homem sábio constroi a sua casa sobre a rocha enquanto o homem parvo... sobre a areia.

Quando mais é menos

1) Não temos cabo nem satélite nem HDTV. É que descobri que entre os 400 canais básicos não há nada que eu queira ver. A nossa televisão com uma antena (daquelas que funciona com folhas de aluminiu) consegue sintonizar uns 20 canais em inglês e espanhol (nada em Portugês) e apanhamos o que chega para qualquer um de Big Brother XXVI (ou qualquer coisa assim), notícias inúteis (todos os canais a tentar ter o "scoop") e telenovelas nojentas (até traduziram Senhora do Destino para espanhol!) para não falar dos concursos e a lotaria...

2) Na bibliotéca vi uma série em dvd que gostava de ver. Fui-me informar ao balcão:
"Isto é para requisitar ou ver aqui?"
"O senhor pode levá-lo para casa durante uma semana."
"E depois posso renovar o pedido?"
"Sim, mas apenas depois de um mês"
"Quer dizer, se eu quisesse ver a série inteira teria que, ou ver tudo esta semana ou levar uns quatro meses?"
(com 28 episódios de uma hora cada, podem imaginar como seria a semana se se passasse assim)
"Sim, como queira o senhor."
"Então não quero, obrigado."

segunda-feira, agosto 08, 2005

Isto não é uma crítica...

Ontem, o pastor da igreja (em cuja casa estamos a viver) disse que a membrezia das quatro comunidades que formam a Segunda Igreja Baptista de Houston arronda-se por volta dos 40,000pessoas. Mais incrível ainda é o que o pregador disse depois. Apenas 10,000 destes membros estão nos estudos bíblicos (EBD) cada semana. Mesmo assim nesta igreja, em qualquer domingo há uma assistência do que todos os baptistas em Portugal.

sexta-feira, agosto 05, 2005

Desafios comuns

Anteontem o presidente da junta de Richmond lançou um desafio para missões mundiais. Dr. Rankin contou histórias de missionários que morreram no Iraque e outros sítios perigosos. Deu ênfase à ideia de não lhes foi roubado a vida, mas antes, ofereceram a vida a Deus. Lembro-me de um nome que não se consta naquela lista ilustra: Bari Matz. Apesar de seu nome aparecer numa placa dourada entre outros nomes num painel que conta com pessoas como Lottie Moon, ninguém conta a sua história como uma vitória contra o mal. Pois, foi morta por terroristas, nem uma doença esquisita. Ela era asmática e teve uma crise respiratória aguda que resultou na sua morte. Morreu no campo a caminho do hospital e deixou o marido com duas crianças. Poderia acontecer a qualquer uma pessoa. Nisto não parece haver uma história que nos desafie... mas talvez o maior desafio seja isto:

Estar pronto para morrer por Cristo quando não há ameaça imediata. Talves seja isto o desafio para uma Europa em que podes acreditar no que quiseres sem grandes ameaças. A tolerância vai ser a morte de muitos se cristãos não começarem a viver assim.

segunda-feira, agosto 01, 2005

Procura-se: experiência

Deus existe... provar ao contrário era apropriado para o paradigma da ciência. Pois, com uma hipótese que não se podia refutar a partir de uma experiência controlada, o cientista tinha que aceitá-la como princípio. Mas segundo os estudiosos, a era moderna ja acabou. Se Deus existe ou não, ja não se sujeita apenas às regras da ciência.

Hoje em dia a gente quer uma experiência mas de forma diferente. Querem experimentar Deus pessoalmente. Estão nas tintas pelas tradições que ja perderam o sentido. Não têm significado para as suas vidas e nós dizemos "pecadores!" Dizemos isso e temos razão, mas não precisam daquela mensagem. Precisam de experimentar Deus. E nós ficamos entalados nos bancos e nas tradições. Como é que o mundo vai ver a luz se ficarmos assim? Como é que a terra vai saborear o sal se nunca sairmos do saleiro?