quarta-feira, março 25, 2009

Mudanças

Estava a "folhear" os arquivos e encontrei um poste de Novembro 2004 em que falei de viver em Portugal. Faziam 8 anos então. Chegámos a viver em Portugal quase 12 anos e conseguimos o direito à nacionalidade portuguesa.

É nesta altura impossível fazer as contas do impacto deste período nas nossas vidas. Não posso esperar que tenhamos deixado marcas tão positivas como as que vós os portugueses deixaram em nós. Resta dizer: Obrigado por tudo, e por qualquer coisa, peço desculpas.

domingo, março 22, 2009

Cá vamos nós

A nossa transferência foi aprovada e a partir de mais ou menos Julho do ano corrente estaremos "ligeiramente" ao Sul dos queridos leitores. Mesmo que não estejamos em Portugal, podemos visitar de vez em quando... serão sempre benvindos os que nos visitam!

Para já, é a minha intenção manter o blogue mas não levem mal se houver alterações à casa. Logo entenderão.

terça-feira, março 17, 2009

decisões

Hoje e amanhã são dias de deliberação dos responsáveis pela junta de Richmond. A nossa transferência será apresentada entre dezenas de outros processos para a consideração do grupo. Pedimos a orientação do Senhor para que o Seu espírito guie as deliberações e que as suas decisões reflitam a vontade de Deus.

terça-feira, março 10, 2009

Sobrevivi















"Apoia o seu pé no suporte da roda e chega um pouco para frente."
Ponho-me um pouco para frente...

Inesperadamente (do meu ponto de vista), saio do avião e mesmo que eu esteja ligado ao instructor sinto-me sozinho nesta queda livre. (Quem é que me deu esse empurrão?) As próximas palavras não se percebem devido ao rugir do ar enquanto aceleramos direcção ao chão. A primeira vista da terra a partir de 3500 metros de altura é deslumbrante. Ela pisca o olho através do seu véu translúcido...

Damos uma cambalhota e vislumbro o avião, o azul escuro do céu, as nuvens e por fim a vista centra-se novamente na terra. Começamos a girar em direcção contra-relógio e damos umas cinco voltas. Pelo menos, contei com cinco aviões. Tenho tonturas que se corrijam com mais cinco voltas (acho eu) sentido do relógio.,,

O instrutor informa que já conseguimos a velocidade terminal de 200 km/h e atravessamos as nuvens rendadas num ápice. Pondero o significado da denominação "terminal"...

O sussuro do "drogue" a abrir-se interrompe os meus pensamentos e prediz uma mudança de aceleração. O pára-quedas principal sai da mochila e desdobra-se com um clamor magnificente. Uma suave aceleração negativa acompanha o trovão do glorioso léncol de nylon azul...

O bem-aventurado pára-quedas está aberto e cumpre a sua função com um ar taciturno como se me dissesse: "Bem te disse". Estamos pendurados num silêncio quase completo...

Puxo o guiador esquerdo para baixo - até ao joelho - e damos duas voltas completas. Sinto o a força centrifugal nos pés. Rapidamente inverto o movimento e darmos mais voltas à direita. Dou uma risada de exultação. Estou vivo! Os campos, as pessoas, e o gado lá em baixo não se dão conta.

Está na altura de nos orientar para a zona de aterragem. Vê-se o pequeno lago ao lado da pista do avião. Descemos um bocado e de repente apanhamos um "elevador" que nos levanta vários metros. A nova elevação obriga uma nova orientação e dou todo controle ao "pro"...

Descemos rapidamente para sairmos da camada de turbulência, mas encontramos um vento capricioso que nos dá por vezes beijos e por outros bofetadas. Apontamos para o alvo no chão, mas o vento tem outras ideias e os "apanhadores" são obrigados a correr atrás de nós. Chegamos à terra de rabo para baixo de deslizamos pelo relvado e paramos...

Ainda não acabou! O vento ainda quer brincar e nos puxa para trás! O "ground crew" finalmente chega e apanha as cordas. O pára-quedas cai para o chão. O vento dá um beijinho final e vai brincar para outra banda.

Mais tarde toco guitarra enquanto o dirigente de louvor canta "Deus da Terra e dos Céus." Aprecio a mensagem com uma perspectiva nova...

Não vou dizer "não gostei." Nem digo "nunca mais." Digo mas é que confio mais na rocha e prefiro estar bem ligado a ela.

E ainda... Jesus é a minha Rocha onde quer que eu esteja. Por isso não preciso do pára-quedas... em termos espirituais!

Um pensamento final: Para os próximos tempos, tem cuidado se me pedires para chegar um pouco para frente... sou capaz de desconfiar mais do que um bocado!

quarta-feira, março 04, 2009

Um grande salto...

Hoje pelas 11h, hora local, darei um passo para frente... e para baixo. A minha cunhada paga para eu acompanhar o meu irmão num salto de paraquedas. Não sei se há uma mensagem entrelinhas ou não, mas duas coisas eu sei... 1) é mais seguro do que atrevessar a rua no Porto (diz-se) e 2) é uma acividade que nunca me chamou atenção... ai ai ai.

Se Deus quiser, darei o relato mais tarde.