É Natal?

À saida do Metro encontro-me num cenário festivo. O cheiro a fume de carvão e às castanhas a assar acompanha a gritaria das senhores a vender cascois, camisas de gola alta e não sei que mais tudo ao preço nominal de "cinco euros, minha rica!" enquanto os bonceos de Pai Natal dançam numa mesa improvisado a cantar qualquer coisa que não se entende bem por falta de baterias novas. Tudo para celebrar Natal. Só falta dirigir a celebração aO que merece a honra. Acertámos no aparato adequado mas falhámos o alvo.

Tomar banho

O espanto que o baptismo de Jesus provoca em mim deve-se ao facto de que não era preciso. Do ponto de vista dos observadores e mais importante, o primo João, Jesus era o menos indicado para precisar de uma "banhoca." Jesus afirma que "está certo" fazer a coisas segundo o plano de Deus e o Baptista acata. Qual o efeito? Nada mais do que o baptismo faz para nós... simboliza-se a nossa ou melhor, minha identificação com Deus e com o seu povo... com a Sua vontade. É dizer que estou disposto a ser mudado, a submeter-me a Ele.

Às vezes parece-me ser necessário ser eu baptizado de novo todos os dias... não consigo ficar limpinho.

"Who Am I?" - Casting Crowns

Andar no nevoeiro

Nos últimos dias, temos experimentado um nevoeiro "espesso" no nosso bairro. Neste momento está-se a abrir, mas às vezes só se podia ver à distância de umas dezenas de metros. Curiosamente, as coisas vistas de perto assumiam uma nitidez invulgar em comparação ao que se via ao longe. Embora conseguisse ver muito bem de perto, se tivesse que andar no campo sem estradas nem placas que indicavam o caminho, não me sabia orientar. E quem sabia o que mais o nevoeiro ocultava? É por isso construimos faróis, não é?

Arrisco uma comparação entre a fé e a ciência. Certamente há coisas que percebemos muito bem pela proximidade que existe entre nós e o sujeito de nosso estudo. Mas para além de uma certa "distância" já não percebemos sequer que há qualquer coisa "acolá." Deus é o farol. Não faríamos a mínima ideia do perigo que corremos se não fosse Ele. A minha fé providencia uma visão para além do que posso ver e controlar.

A figueira seca

Há pouco no trento um anónimo fez referência à questão da figueira seca para pôr em causa a bondade de Deus. Não respondi na altura tanto pela falta de interesse como pelo facto do tal comentário não ter nada a ver com o poste original em que se encontrou entre os comentários. Mas Deus tem as suas maneiras de obrigar o crente a ver e rever as coisas e o assunto tem surgido de tal maneira que não pude deixar de ruminar o assunto. Li os relatos nos evangelhos e alguns comentários já conhecidos. Por sinal, o de Dr. David Garland é muito pertinente. Curiosamente, achei num site sobre ateismo uma exegese que, para além de boa, era igual a do Dr. Garland.

Vale a pena consultar a conclusão de um ateu relativamente a este estória.

Muito resumidamente:

A fé é a base e apenas obedecer às regras não chega.
O sistema de sacrifícios não dá fruto e os padrões tradicionais já não dão.

Deixo a aplicação ao leitor.

Um poste inesperado

Achei aqui um poste de um amigo que tem muito a ver com o debate que anda por ai. É interessante esta afirmação de que a verdade é acessível a quem qusier encontrá-la.

Os tempos do fim...

Apresentou-se um programa da National Geographic na Dois ontem à noite. Era sobre a várias previsões entre cristão sobre os fim do mundo. A última frase do locutor era a única coisa que achei certo:

Quanto às variadas previsões da data do fim do mundo, só é
necessário acertar uma vez.

Uma promessa...

autor desconhecido

Um acaso?

Estou farto

de ouvir e de ler discussões inúteis sobre coisas insignifcantes.

Fica o desbafo!

Escalada em Gelo...

Entre a Verdade e a Confiânça

Nas últimas duas semanas, tive a oportunidade de ouvir palestras de dois cientistas que se chamam de cristão. Um é criacionista, o outro não. Os dois acreditam fortemente na sua própria posição quer na interpretação literal de Génesis quer na interpretação figurativa ("hiperbolica"). Os dois são celebrados por vários crentes como uma espécie de arauto de Deus e defensor da fé. Os dois chegam ao ponto de proferir declarações inflamatórias e desnecessárias relativamente aos seus argumentos. Os dois defendem as suas posições como a Verdade baseada em evidência (pesquisa) científica. Isto tudo sublinha uma coisa...

Da mesma maneira, nós agora compreendemos imperfeitamente as coisas como se estivéssemos a ver um reflexo num espelho de má qualidade; mas um dia virá em que veremos de uma forma completa, face a face. Tudo quanto sei agora é parcial, mas depois verei tudo com clareza, como Deus conhece o interior do meu coração. (da primeira carta de Paulo aos Coríntios cap 13, v 12)

E ainda...

É melhor confiar no Senhor do que confiar nos homens. (Salmo 118, v 8)

Relevância

No seu wailing and gnashing of teeth, um amigo critica uma tendência entre alguns evangélicos a dar muita atenção à questão de relevância. Admito uma certa divergência da minha parte relativamente à sua abordagem tradicionalista. Contudo, reconheço a verdade por trás da sua crítica. É essencial que não façamos do evangelho uma coisa que ele não é. O evangelho é sempre relevante por si próprio e nada podemos acrescentar.

A minha crítica dirija-se à manutenção de padrões de comportamento e actividades religiosas que afastam as pessoas tanto da igreja como do evangelho. A relevância não é uma questão de "marketing" nem do "estilo" do culto. É uma questão de amor (Ap. 2:3-5). Quando amarmos a nossa maneira de estar na igreja (e no nosso dia a dia) ao ponto de afastar as pessoas de Deus, acabamos por perder o nosso primeiro amor e logo o direito de nos chamar de evangélicos. O amor para com Deus e a preocupação com o estado do mundo que padece do Pecado leva o crente a ser relevante no contexto da sua vida... Não é nada different do que nos diz Paulo:

"Estar no mundo mas não fazer parte dele." E "Ser tudo para todos para ganhar algumas almas."

Mas que ironia

No mesmo dia...

Dia da reforma.

Dia das bruxas.

Uma coisa é certa, quem vem bater a nossa porta não será um padre com 95 teses a debater. Ainda bem, não sei falar alemão.

A verdade???

A fé é a firme certeza das coisas que se esperam; é a evidência
daquilo que ainda não vemos.*

A fé exige subjectividade. Quer dizer a fé é um relacionamento pessoal com a verdade (V) em que me sujeito à possibilidade de ser transformado por ela (Ele). Se tentar manter a objectividade, apenas estou a manipular a verdade para a minha conveniência.

O comodismo de hoje quer que a verdade seja plástica e manipulável, mas não o é.

A verdade é o que é. Nisto não tenho dúvidas. A questão é: Se me disponho a ser transformado? E ainda outra: Quero mesmo a liberdade que ela dispõe?

* de uma carta do apóstolo Tiago ao "povo de Deus"

aniversário

Há 11 anos e por volta desta hora 10:40. Eu e a Sandra chegámos pela primeira vez a Portugal. Depois dos tais anos, contando com muitas amizades e ainda três filhos depois... ainda queremos ficar. Quem diria.

Relativismo

A minha teologia, sendo uma síntese de compreensão humana do incompreensível criador dos humanos, é descartável. Pessoas não são descartáveis.

Se isto é verdade, por que é que as vezes valorizo a teologia mais do que as pessoas?

Melhor que andar nu

12Revestí-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de coração compassivo, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade,
Co 3:12

Ando a pensar nisto... se eu conseguir "vestir" só um aspecto será progresso.

relativismo?

Nós podemos fazer os nossos planos, mas o resultado final está nas mãos do Senhor.
-Provérbio 16:1

Um passeio no Alentejo

As rodas da bicicleta suspiram no asfalto numa conversa com o vento cuja resposta se encontra no sussuro da erva seca do campo.

O tlim-tlim das campainhas anuncia a presença e movimentos das ovelhas no olival. Um açor observa-nos enquanto procura presa mais pequena. Talvez o tal orelhudo que dançava entre as pedras um kilómetro atrás faça bom jantar?

O ritmo dos pedais acompanha a música do tilintar das campainhas com a voz líquida das mudanças. A "tica-tica" da correia na carrete continua ao passo que a melodia das ovelhas ressoa cada vez menos. O vento continua a sua conversa com as rodas.

Eu sigo a curva da estrada e o vento está agora a contrariar o meu progresso. Eu abro a minha própria conversa com o tal mas entre os dentes por motivo da perda de velocidade mesmo que esteja a pedalar com mais força. Puxo na alavanca das mudanças à procura de uma vantagem mecánica melhor e volto a marcar o ritmo. O vento é suave e de facto ajuda-me arefecer um bocado, já não me ressinto o seu toque no meu rosto.

Mais tarde, chego ao cruzamento antecipado e sou obrigado a parar enquanto verifico a minha orientação. Viro para a direita e sigo a estrada até o vento estar a bater nas costas... e ainda bem, pois só existe um "dedo" entre o sol e o horizonte e tenho ainda seis kilómetros a completar antes de chegar a casa. Mas está-se bem. Tenho o vento a favor e uma estrada direitinha com uns 20 minutos para chegar na boa.

Ahhh estou de férias.

Os discípulos

A duas meninas mais velhas estão no quarto a brincar. A mãe vai até ao pé da porta para vber o que se passa e ouve:

Fazemos de conta... Tu conheces Jesus e eu não. Então tu tens de me explicar quem é Jesus.

Mesmo que eu não conseguir mais nada na vida, estou contente que as filhas até estão a praticar a sua fé até na brincadeira.

Olha o meu cão

Eram as palavras da nossa filhs mais nova. Aliás era mais ou menos o que ela queria dizer com os sons que emitia enquanto mostrava a quem quisesse ver o pequeno peluche que tinha na mão durante o nosso passeio pelo parque.

E se tivéssemos o mesmo entusiasmo quando falássemos de Jesus, como seria?

O evangelho segundo Chris

Um colega meu resume a grande comissão assim:

É pá... é só viver a vida.

(versão original: Hey, its just life!)

Se vivermos a vida como deve ser (Romanos 12), não é necessário mais nada.

Ainda estou

Como só escrevo muito pouco ultimamente, ist só p'ra dizer que ainda estou por cá.

O reino está a chegar...

Tenho pensado na afirmação de Jesus aos discípulos quando proferiu a promessa de que alguns deles não morreríam antes de verem o reino de Deus a chegar em poder. Complicamos esta leitura por insistir numa transformação imediata e completa, mas pelo menos na minha experiência, Deus transforma e renova aos poucos.

Cá para mim, cada vez que uma pessoa se arrepender, é um milagre e logo mais um momento em que o Reino está a chegar. Assim, cada um de nós pode assistir à chegada no reino de Deus mesmo antes de morrer.

Anseio pelo dia em que amigos meus façam parte deste transformação do mundano no celestial.

Julgar?

Deus propõe julgar um homem apenas depois de morrer. Por que é que insitimos em adiantar o processo?

Há momentos assim

Uma das filhas nossas (Já baptizada, graças a Deus. Numa igreja Baptista, por sinal) toma a Ceia pela segunda vez com vinho do Porto. Evidentamente esquecendo-se de como era, vira para mim e diz: Pai, isto sabe mal! Respondo: Pois, pois. Não soube assim tão bem para Jesus quando morreu pelos nossos pecados... Ele olha para mim com olhos enormes e fica em silêncio (pela primeira vez) durante o poslúdio.

"Não trabalho, não trabalho..."

É curioso mas muito apropriado que neste dia não se trabalha. Pois neste dia, Deus fez todo o trabalho que não podíamos fazer por nosso próprio esforço. Até mais curioso e maravilhoso é que Ele continua a fazê-lo ainda hoje.

Mas que vergonha...

Nunca tive vergonha do evangelho, como diz o apóstolo Paulo. Mas às vezes as disparates que fazemos enquanto "evangélicos" mete nojo.

Fica assim o desabafo.

'Tás a coxear?

Numa conversa com um amigo ateu, lança-se a velha acusação da fé ser-se uma muleta. Respondo que claro que é. Meu amigo que espera uma defesa, ou pelo menos uma negação que desperta uma discussão acesa, fica desiludido. De facto, digo eu, Jesus nos ensina a mesma verdade quando aponta para a cegueira dos fariseus. É quando não assumimos a nossa necessidade (de Deus) que estamos mesmo em apuros. Para parafrasear: Todos são coxos e caem longe da glória de Deus. O truque (se o há) é distinguir entre a muleta da religiosidade e a verdadeira fé no Deus que realmente nos salva.

Paradoxa

Quando penso em termos banais, a submissão significa uma atitude passiva envolvendo muito pouco da minha vontade. Mas a submissão ao Senhor é uma participação activa no Seu trabalho que exige toda a minha vontade.

Curiosamente, as raras vezes em que consigo "alcançar" este objectivo, afirmo "Não fui eu, mas sim foi Deus que vive em mim."

(com um grande "obrigado" ao Dr. D.M Baillie e o seu livro: God was in Christ)

I Can't Dance II

Na continuação da letra deste tema do Phil Collins

...the only thing aout me is the way I walk.

Se no meu andar (the way I walk) no dia a dia não transmito algo a cerca de quem eu sou e dos valores da minha vida, melhor é aprender a dançar.

I Can´t Dance...

Sempre que viajo no Metro, ando um pouco distraido pelo que vou fazer; a pensar em mil e umas quantas coisas mais.Hoje a minha filha que está ao lado repara no ditado que está escrito nos azulejos...

É preciso muito caos interior para uma estrela dançar.

Caos tenho. Só me falta mas é saber dançar.

Obrigado!!

No DN hoje.

Já na segunda parte...

Com a esposa no estrangeiro para uma semana há quem julgasse que teria muito para escrever... e teria razão. Com as três meninas, o problema é onde pegar e nem se fala do quando.

Hoje acordei...

(O autor da foto é por mim desconhecido)

As minhas namoradas...

Co. 1:4,5

Fé + Agape = Esperança

Opções

Livre arbítrio quer dizer que temos sempre opções. Em termos super simplificados podemos optar entre o bem e o mal. Sendo assim, opto por dizer que hoje me correu muito bem.

Estou tramado

A filha mais nova já anda... mas sem preocupação com a realidade de gravidade. Agora nós andamos atrás dela a tentar evitar uma visita ao hospital!

KISS

Keep It Simple, Stupid

É assim o lema do escalador. Numa situação de perigo ou grande dificuldade, é sempre melhor insistir na solução mais simples...

Com tanta gente a morrer sem conhecer o Senhor, por que é que andamos a complicar a situação?

Ondas de mudança

Por vezes a gente cria ondas pelas mudanças que se vivem. Por outro lado, as ondas podem provocar mudanças da nossa parte. A segunda situação fez se sentir no domingo passado à tarde... No lusco-fusco do fim do dia a malta do costume aproveitava as últimas do dia para dar mais um tiro no projecto de escalada. Tendo admirado a força e beleza do mar ao longo do dia (e sendo necessário evitar as várias inundações) a gente estava atenta à actividade das águas mexidas mas não esperava o seguimento que se deu. Veio uma onda bater na rocha "ali" em baixo ("ali" sendo uns 20 metros de distância) e a água subiu até "lá" em cima (mais uns 12 e tais metros) para molhar a parede, o chão, as escadas, e a gente. Foi engraçado ver o pessoal desatar a correr para todo lado para efctuar a fuga à carga de água como se fossem ratos a sair de um naufrágio. E eu? Não fugi. Não pude... estava amarrado à corda a dar segurança a uma colega que ainda escalava. Ela saiu ilesa e era a única que saiu com roupa seca.

Não sei se há uma lição moral nisto, mas aceito sugestões. Para mim, foi uma tarde óptima e, de certa forma, Deus foi louvado. Grande é o Senhor e maravilhosas as Suas obras.

Ofertas do melhor

Como é que a minha semana se preencha? Será que estou a colocar o meu melhor diante de Deus ou é mais na linha de apenas lidar com as coisas quando surgirem. Será que eu deixo "o urgente" exercer tirania em vez de fazer a triagem para deixar espaço para o Espírito agir na minha vida?

Perigo Iminente

Não é de admirar que poucos são que se lembram das palestras que já dei. Umas quantasvão recordar "isto" ou "aquilo" que lhes ensinei e menos recordarão que fui eu a dar a lição. Isto não me preocupa, desde que a Palavra do senhor tenha marcado umas vidas pelo positivo.

Admiravel é que TODA gente que tenha feito "rapel" comigo lembra-se de uma frase... "a mão direita é o travão."

Se se conseguisse transmitir a essência do perigo imediato (tipo da actividade acima referida) relativamente ao Evangelho, seria possível que mais pessoas aceitavam o senhorio de Deus?

Satisfeito

Passei uma parte do fim de semana em Tondela com jovens da Igreja Baptista de Viseu. Passámos duas tardes nas actividades radicais. Limitei-me a montar o sistema das cordas e dar segurança aos jovens que faziam "rappel" a partir da ponte do antigo caminho de ferro. Não fiz nada de especial, mas quando regressava para casa, reparei que tinha uma sensação de satisfação. Normalmente só experimento a tal sensação depois de um dia em grande de escalada com a "malta". É sempre bom ver os outros conseguir ultrapassar momentos difíceis com êxito, melhor ainda é ajudá-los a fazê-lo.